É praticamente unânime a difícil situação que nós brasileiros nos encontramos hoje: a morosidade no mercado e baixo ritmo de investimentos afetam a vida de cada um, dificultando planos e trazendo incerteza sobre o dia de amanhã. É cada vez mais raro encontrarmos uma empresa que está “nadando de braçada em águas brasileiras” que não seja de um setor muito específico ou que não entregue um produto de necessidade primária ou ainda que não enfrente forte concorrência. Normalmente empresas deste tipo são grandes, possuem boa estrutura interna e, consequentemente, detém maior poder de fogo para conter crises.
Segundo site do Sebrae, “Pequenos negócios em números”, existem 6,4 milhões de organizações no Brasil e 99% delas são de micro e pequenas empresas, que respondem por 52% dos empregos de carteira assinada no país. Porém, elas ainda pagam uma proporção maior de impostos comparado as grandes empresas (esta carga chega à ser até 65% no caso de microempresas de até cinco funcionários) e, mesmo que o Simples Nacional auxilie no recolhimento, isso não significa que o sistema tributário deixe de ser complexo, o que agrava a vulnerabilidade destas organizações em tempos como estes.
Para o país crescer, é necessário investimento. Se a população não tem dinheiro e o empresário não está confiante de investir, resta ao governo girar a manivela e nós teremos que lidar com uma série de reformas necessárias para de fato fazer o país crescer, o que envolve um regime tributário mais simples e mais poder de compra para a população.
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Pedro Sobrinho | Consultor em Comércio Exterior – Grupo Oversound