Mais de 200 pessoas, a maioria micro, pequenos e médios empresários, assistiram ao Seminário sobre Fundos e Linhas de Fomento para Inovação, realizado quinta-feira (9) no Parque Tecnológico São José dos Campos, com a participação do Cecompi e das principais agências de fomento e fundos de investimentos estaduais e federais.
O Parque Tecnológico e o Cecompi são os braços executores das políticas de ciência, tecnologia, competitividade e inovação da Prefeitura de São José dos Campos.
O Brasil investe aproximadamente 1,2% de seu PIB (Produto Interno Bruto) em pesquisa e desenvolvimento, e as agências de fomento têm desempenhado um papel fundamental nesse processo. Os recursos existem, mas a forma de colocar os projetos precisa ser aprimorada. O Parque e o Cecompi estão à disposição das empresas para ajudá-las a estruturarem suas solicitações de financiamentos, disse Marcelo Sáfadi, diretor executivo do Cecompi e diretor de planejamento do Parque, na abertura do evento.
O seminário foi dividido em dois blocos. Na parte da manhã, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos), a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), a SP Ventures, a Desenvolve SP e a Investe SP apresentaram suas principais linhas de financiamento para inovação, insistindo nas ações voltadas para as microempresas e as PME. A parte da tarde foi dedicada ao balcão de atendimento às empresas e a um painel do Sebrae-SP.
O BNDES tem dado atenção especial às micro, pequenas e médias empresas nos últimos anos. Em 2014, apoiamos um milhão de operações, sendo que 96% deste total foram de micros e MPE, disse Rafael Petrocelli, economista do BNDES. A inovação é um de nossos principais focos de atuação, pois é estratégica para essas empresas. Mas ela não é restrita à área de ciência e tecnologia. Fomentamos inovação em todos os setores da economia, enfatizou.
O economista apresentou alguns produtos e serviços voltados especificamente para as micro, pequenas e médias, como o Cartão BNDES, acessível apenas para as empresas que faturam até R$ 90 milhões por ano; o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI), que desonera o pequeno e médio empresário dos custos adicionais de garantia; e o Fundo Criatec, que capitaliza e apoia micro e pequenas empresas inovadoras.
A maioria dos empresários ficou satisfeita com o evento. Esse seminário foi providencial, pois pretendo apresentar em breve um projeto para a FAPESP e aproveitei a oportunidade para conversar com o representante deles. Além disso, falei com Rafael Petrocelli sobre a possibilidade de minha empresa se tornar fornecedora de serviços do Cartão BNDES, disse Nehemias Lacerda, sócio-fundador da Femto, uma empresa do Parque Tecnológico que concebe soluções de engenharia por meio de simulações computacionais.