O segundo dia da RM VALE TI 21 contou com informações estratégicas para as indústrias alcançarem melhores resultados e continuarem competitivas no mercado. Dezenas de especialistas compartilharam as principais tendências em definição, automatização e integração de processos, inovação aberta e gêmeos digitais.
Os novos negócios também estiveram em pauta: 52 reuniões foram realizadas entre os empresários nas rodadas de negócios.
Relação dos processos com a evolução da empresa
O primeiro painel do dia, Definição de Processos – Base sólida para soluções de TI, mostrou como a clareza e conhecimento dos processos é essencial para que os negócios possam evoluir.
A moderação ficou por conta do Bruno Lozano, diretor da Ritual de Gestão.
O diretor da Necto Systems, Carlos Leite, destacou que a tecnologia da informação deve ser utilizada de maneira estratégica, e para isso, devem ser compreendidos completamente os processos para resolver os problemas. O papel da equipe é importante nesta etapa, cabendo aos líderes envolver seus times e interagir para entender os processos como um todo.
Marcelo Moreira, CTO da Anima 4.0, apontou a falta de autoconhecimento como um dos principais desafios para as empresas, pois é necessário saber o grau de maturidade tecnológica para aumentar a assertividade da implementação de soluções. Salientou que, na adoção de sistemas integrados de gestão empresarial, algumas empresas se adequam aos ERPs, quando na realidade é o contrário que deveria acontecer.
Já Victor Nunes, sócio-diretor da Data Misfits, contextualizou sobre inteligência artificial e machine learning e o potencial que estas tecnologias podem exercer nas empresas. Enquanto a programação tradicional é alimentada por regras e dados para obter as respostas, no caso da IA é um pouco diferente, pois a programação é alimentada com as respostas e dados para chegar nas regras. Deixou claro que os dados devem possuir qualidade e organização para oferecerem resultados adequados.
Automação: vilã ou aliada?
Em seguida foi a vez de Thiago Ponte, cofundador da panda3, assumir a moderação do painel Automatização de processos: soluções para redução de custos de forma inteligente.
A equipe da Tria Software esteve representada por Adriana Aurichio, gerente de marketing e pela Camila Hilst, gerente de projetos. As profissionais puderam contar um pouco mais sobre a automação robótica de processos, mais conhecida como RPA, que tem transformado a competitividade das empresas. Aproveitaram a ocasião para desfazer alguns mitos que envolvem esta área, como a extinção de empregos devido ao uso dos robôs. Na verdade, a tecnologia ficará responsável por resolver tarefas repetitivas, liberando assim as pessoas para que possam investir tempo em tarefas de grande valor. Também mostraram cases em que o RPA foi utilizado para automatizar tarefas para a RiHappy e Grupo Formitex.
Por fim, Gustavo Pereira, arquiteto de soluções da GSW Soluções Integradas, apresentou pesquisas que indicam que uma grande parcela de empresas irá aumentar, em mais de 10%, o investimento em RPA nos próximos meses. Este crescimento é devido aos resultados proporcionados pela automação, melhorando a experiência do cliente, reduzindo custos e ainda aumentando as receitas.
Diferencial competitivo
O último encontro da manhã foi moderado por Maurício Ogawa, diretor do Senai Santos Dumont.
Focado na indústria, a palestra Integração de sistemas e processos: primeiro passo da Indústria 4.0, reuniu especialistas que conversaram sobre como os negócios podem evoluir de maneira sustentável dentro da jornada 4.0.
Marcelo Figueiral, Head de Inovação e Novos Negócios da Tinnova, compartilhou o conceito 3C, em que a atuação das organizações é pautada pelo Compartilhamento, Colaboração e Cocriação, podendo assim atingir avanços significativos. Citou que os principais desafios da jornada 4.0 estão relacionados à tecnologia, hardware, comunicação, matriz energética e dados/plataforma e que a união da internet das coisas com a inteligência artificial proporcionará uma nova era para indústria e diversos outros setores.
Já Ferdnan Gama, CEO do Grupo Gama Técnica, confirmou que os avanços só poderão acontecer quando os líderes das organizações refletirem profundamente sobre processos, tecnologias e pessoas. Esses pilares estão interligados, impactando no resultado um do outro. Salientou que a jornada rumo à indústria 4.0 é desafiadora e que as empresas precisam ponderar o custo-benefício. Em alguns casos pode ser melhor utilizar uma tecnologia não tão avançada, mas que atenda plenamente a necessidade.
E para fechar o painel, Eduardo Piloto, diretor da TechAl, mostrou na prática como o investimento em novas tecnologias pode garantir a competitividade. A TechAl estava disputando uma conta, porém estavam acima do valor que o cliente poderia pagar. Então refizeram todo o planejamento e investiram em tecnologia. Assim reduziram o custo de operação, sem perder a qualidade e conquistaram a conta deste novo cliente.
Negócios na nuvem
A primeira palestra do período da tarde abordou as Vantagens Competitivas da Computação em Nuvem e contou com moderação de Michelle Feierabend, gerente de contas do Grupo Energy Telecom.
Rodrigo Batista, especialista em infraestrutura da Avivatec, explicou o conceito de cloud computing, a entrega de serviços de computação por meio da internet e suas vantagens, os diferentes formatos, destacando a segurança e o monitoramento.
Em seguida foi a vez de Petterson Paula, CEO da Liax TI, destacar como a nuvem pode trazer vantagens para o crescimento das empresas, oferecendo escalabilidade, segurança e atualização.
Fabricio Bronzati, Principal Engineer da Dell Technologies, explicou a inteligência artificial e seu desenvolvimento ao longo do tempo, assim como as barreiras que podem dificultar sua aplicação por parte das empresas.
Potencializando a força da indústria
Moderado por Renan Padovani, CEO da Autaza, o próximo encontro teve como tema Inovação Aberta na Indústria 4.0.
Marcelo Figueiral, Head de Inovação & Novos Negócios da Tinnova, abriu o painel, explicando o que a evolução dos estágios da indústria – desde mecanização, eletricidade, computação e colaboração, nos trouxeram à Indústria 4.0 e suas categorias e o caminho para a transformação digital. Pontuou também que transformação digital é cultura e deve ser considerada um novo jeito de pensar.
Antonio Carlos Gomes, coordenador do centro de referência 4.0 da Facens, mostrou que as tecnologias digitais contribuem para melhorar a velocidade de reação e resiliência das empresas, a oportunidade competitiva e a implantação sistêmica. Também falou sobre a dificuldade em criar a mentalidade de metodologia ativa dos alunos, aproximando universidades e indústria para o desenvolvimento em conjunto.
André Corsetti, diretor da Omega7 Systems, indicou o gargalo da mão de obra tecnológica que precisa ser superado, especialmente na análise dos dados extraídos, já que a maioria das empresas está no estágio inicial da indústria 4.0.
Mais produtividade
No último painel do dia, sob a moderação de Alexi Condor, product director da DataBot, o tema Gêmeos Digitais: Maior Produtividade e Menor Custo foi abordado por Mayron Rodrigues, especialista de desenvolvimento de negócios da Siemens, que apresentou as aplicações do gêmeo digital em ambientes produtivos para desenvolver a indústria de manufatura, aumentando a produtividade, reduzindo custos e economizando recursos.
Gustavo Longhin, CEO da SimWorx, abordou a importância das capacitações e o papel da atuação das equipes nos trabalhos com gêmeos digitais.
Por fim, Francílio Graciano, CEO da Troya, explicou o novo conceito de gestão industrial, os processos envolvidos e compartilhou um caso de sucesso.
Continue conosco nessa jornada
O terceiro dia do evento vai explorar temas sobre varejo, acessibilidade e inteligência emocional. Veja as palestras:
- 9h – NPS e CX: A voz do cliente na nova era omnichannel
- 10h15 – Chatbots: use a inteligência artificial a favor do seu negócio
- 11h30 – Estratégias para aumentar a competitividade com IoT e IA
- 14h – Inteligência Emocional no Trabalho – como cuidar do colaborador em home office
- 15h15 – Multiexperiência para acessibilidade digital
- 16h30 – Novos meios de pagamento
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