O diretor de novos negócios do PqTec, Elso Alberti Junior, participou hoje (12) da audiência pública “Desenvolvimento Regional por Intermédio dos Parques Tecnológicos”, em Brasília. Alberti é o líder temático de Parques Tecnológicos Consolidados na Anprotec (Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores). Também participaram do debate o ex-presidente da Anprotec, Jorge Luís Nicolas Audy, e a superintendente da Anprotec, Sheila Oliveira Pires.
Além dos representantes da Associação, também estiveram presentes o diretor do Parque Científico e Tecnológico da Inovação Unicamp, Eduardo Gurgel do Amaral, e o diretor adjunto do Parque Tecnológico Metrópole Digital, Rodrigo Romão do Nascimento.
Elso Alberti Jr. ressaltou em seu discurso o papel da Quádrupla Hélice no estabelecimento de um ambiente sinérgico que estimule e promova o empreendedorismo e ciência, tecnologia e inovação e o desenvolvimento competitivo e sustentável. “É importante a integração entre as instituições governamentais, a sociedade civil, o setor empresarial e a academia, para resultar em engajamento político e administração aberta, articulação das demandas, vocação regional, e desenvolvimento de modelo de inovação” explicou.
A audiência foi organizada pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática, que conta com o senador Vanderlan Cardoso como presidente.
O senador Vanderlan Cardoso tratou sobre a relevância do tema. “Os parques tecnológicos promovem o desenvolvimento empresarial através da inovação, gerando mais lucro, empregabilidade e progresso econômico, social e humano. A interação entre empresas e instituições de ensino é de fundamental importância para o desenvolvimento regional, estimulando a sinergia de experiências entre as empresas, tornando-as mais competitivas” introduziu Cardoso.
Em seguida, Rodrigo Romão, diretor adjunto do Parque Tecnológico Metrópole Digital falou sobre a inovação como uma política de desenvolvimento econômico.
“Ambientes promotores de inovação são reconhecidamente um instrumento de política pública para promoção da inovação, competitividade empresarial, desenvolvimento empreendedor e geração de crescimento econômico loca” expressou Romão.
Sheila Pires destacou os impactos dos parques tecnológicos na economia em termos de faturamento, geração de empregos e também no PIB. “Os números mostram que há uma participação expressiva dos parques no país, são 2.310 empresas incubadas e 2.815 empresas graduadas, que geram mais de 50 mil empregos diretos e têm um faturamento de cerca de R$ 15 bilhões por ano. Esses dados ainda estão sendo coletados, mas já é possível ter uma noção das dimensões dos resultados desses ambientes” afirmou Sheila.
Dando continuidade à audiência, o ex-presidente da Anprotec, Jorge Audy, abordou a necessidade do investimento em ciência e pesquisa para o desenvolvimento do Brasil. “Atualmente estamos perdendo nossa juventude para países como Estados Unidos, Canadá, Espanha, Alemanha e Japão, são jovens talentosos, formados nas melhores universidades do país que estão indo atuar em outros países. O que todos esses lugares têm em comum é o investimento de mais de 2% do PIB em Ciência e Tecnologia, além de possuírem mais de 3 mil doutores por milhão de habitantes, nós temos que investir mais em Ciência e Pesquisa” disse Audy.
Para finalizar, Eduardo Gurgel, diretor do Parque Científico e Tecnológico da Inovação Unicamp, discorreu sobre a importância da educação para a inovação tecnológica no país. “Todo mundo sabe que o conhecimento é o principal agregador de valor à produção, e que ele, como vantagem comparativa, é mais importante do que território, população e recurso, que o Brasil tem de sobra. Nós também temos conhecimento de sobra, mas se compararmos a Israel, por exemplo, eles não tem os outros fatores, mas são uma potência por conta do conhecimento. É importante que o conhecimento vire inovação e não fique só no papel” encerrou Gurgel.