Alessandro Valério, 47 anos, deixa o Rio de Janeiro para liderar o time do Nexus – o hub de inovação do Parque Tecnológico.
Para ajudar a criar muitas cabras da montanha em São José dos Campos, Alessandro conta com sua ampla experiência: foi gerente da incubadora de empresas de design da Escola Superior de Desenho Industrial da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (ESDI/UERJ), coordenador da Rede de Agentes Promotores de Empreendimentos Inovadores no Rio de Janeiro e representante da Anprotec no estado do Rio de Janeiro.
Formado em administração de empresas, com mestrado e doutorado em design pela ESDI/UERJ, o novo head do Nexus já deu aulas de planejamento estratégico, gestão de negócios em design e gestão de projetos e também foi gestor de cursos da Fundação Getúlio Vargas.
Em uma conversa com a equipe de comunicação do Parque Tecnológico, contou o que o trouxe à cidade e deu até dica de livro. Leia mais abaixo.
Por que você escolheu trabalhar com empreendedorismo e inovação?
Por conseguir ver o empreendedorismo como uma das grandes oportunidades do futuro para os jovens e para sociedade, isso se tornou uma grande motivação da minha vida profissional. Quando assumi o cargo de gerente em uma incubadora de empresas, em 2013, vi que esse era um ótimo caminho para gerar esse conhecimento e compartilhar com pessoas que estavam desenvolvendo seus negócios, permitindo criar metodologias, a ajudar a concretizar planos e sonhos.
Há quantos anos você atua com empreendedorismo?
Desde 2008 – são 13 anos de história com o empreendedorismo.
Quais são as suas expectativas aqui no PqTec? O que o motivou a vir para cá?
O ecossistema que o Parque gera é fenomenal, ele tem um ambiente com 150 empresas, mais as empresas associadas e instituições vinculadas, todas com diferentes estágios de maturidade. Eu acho isso é incrível, porque permite uma interação diferenciada e possibilita a conexão entre diferentes pessoas e tipos de empreendimentos.
O que diferencia o PqTec de outros ambientes, na sua opinião?
Eu posso dizer que um diferencial é a integração dos espaços: aqui os ambientes são abertos, sendo possível andar nos corredores e ver parte das empresas funcionando, diferentemente de escritórios completamente fechados, onde você só tem uma porta. É importante ter esse acesso às empresas, pois você consegue ver as pessoas trabalhando, parte do desenvolvimento dos projetos e sua evolução ao longo do tempo.
Você tem algum hobby?
Eu gosto de andar de bicicleta e jogar vôlei na praia. Aqui em São José não tem praia, mas fiquei sabendo que tem algumas quadras que simulam o vôlei de praia, gostei disso!
E sua família?
Eu sou casado e tenho três filhas, elas são o meu maior projeto.
O que você acha de São José dos Campos?
É uma cidade inteligente, conectada, sustentável e com um ecossistema empreendedor fenomenal! Tem uma ótima qualidade de vida e recebe grandes empresas âncoras que acabam trazendo um bom investimento. Tudo isso fomenta a vinda das pessoas para a cidade e, consequentemente, para o Parque. Afinal, você quer empreender? Tem a cidade de São Paulo, que é muito boa, mas tem São José dos Campos que está ao lado e tem um ecossistema muito bom para empreender, com o Parque e sua metodologia única, processos que funcionam e um ecossistema repleto de conexões para apoiar qualquer empresa.
Você indicaria um livro que impactou a sua trajetória profissional?
Dimensão Oculta, de Edward Hall. É um livro antigo, um clássico muito interessante para quem pensa em internacionalização. Leva você a refletir que não pode impor sua cultura para outro povo. Antes, é preciso entender a cultura local, se adaptar a ela e inserir a sua aos poucos. O livro aborda como grandes empresas criaram produtos com todas as adaptações necessárias para conquistar outros mercados.