O aumento da competitividade das empresas de São Paulo será o foco do Conselho Paulista de Incentivo à Competitividade, criado ontem, numa ação conjunta entre o governo do Estado e empresários. Com empresários e entidades de classe, o conselho deve desenvolver políticas públicas de estímulo às empresas de São Paulo. “Queremos agilizar os processos para ter velocidade nos investimentos”, disse o governador Geraldo Alckmin (PSDB).
O programa é chamado de “Compete São Paulo” e será discutido pelo conselho composto por cinco câmaras temáticas: desburocratização, inovação, formação de recursos humanos, infraestrutura e logística, e promoção à competitividade. Os membros de cada câmara serão escolhidos até o fim do mês. Até o fim de agosto, o conselho deve apresentar propostas de políticas públicas que podem ser incorporadas pelo Estado e devem constar no orçamento de 2014.
Segundo Alckmin, São Paulo tem o maior investimento previsto nos próximos anos entre os Estados, com carteira de projetos que chega a R$ 100 bilhões, sendo R$ 50 bilhões via Parcerias Público-Privadas (PPPs).
De acordo com o presidente do Investe São Paulo, Luciano Almeida, a busca será para que as empresas consigam produzir com condições de competir com produtos de outros países. “Quando se esgotar o modelo de consumo interno, as empresas nacionais precisarão atingir o mercado externo. Nas condições atuais, não compete com ninguém. Está mais caro produzir aqui do que nos EUA.”
Almeida destacou, entre as medidas necessárias, a melhora na qualidade da infraestrutura para diminuir custos logísticos. “Temos que melhorar o acesso ao porto de Santos e ao porto de São Sebastião, além do reforço do modal ferroviário”, disse. Entre as ações para desburocratização, Almeida lembrou a intenção de viabilizar a abertura de empresas em um dia. “Estamos com programa pronto. Para isso ainda faltam parcerias com o governo federal e municípios”, disse.
O presidente da Investe São Paulo reconheceu o caráter de defesa do programa. “Esperamos que essa questão da alíquota do ICMS dos Estados seja votada até o fim do mês, mas temos que defender as empresas paulistas.”
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