O Parque Tecnológico de São José dos Campos vai ganhar uma unidade do Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial) voltada para a formação de mão de obra para os setores aeroespacial e de defesa.
O centro terá 5.800 vagas por ano e funcionará em uma área de 20 mil metros quadrados nas dependências do Parque.
A criação do centro teria partido de uma demanda das empresas Embraer e Helibras. Além de engenheiros, o setor aeronáutico sente a falta de projetistas e especialistas no manuseio de materiais compostos.
Hoje, o presidente do Senai, Paulo Skaf firma parceria com o governo francês para a implantação da unidade no Parque Tecnológico. O evento acontece na sede da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) com a presença das empresas Thales, Dassault, Safran e EADS.
É um convênio para transferência de tecnologia, pois a França tem uma escola aeroespacial muito boa. Professores de lá virão dar aula, disse o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São José, Almir Fernandes, que se encontrou ontem com Skaf.
Ele negou que a parceria represente exclusividade das empresas francesas no centro de formação do Senai.
O Senai sempre tem parceria com empresas de fora. A França é uma dessas parceiras e é lógico que acordos serão assinados com outros países onde a escola desses setores é forte, disse Fernandes.
Implantação. A instalação da nova unidade do Senai em São José depende da aprovação do conselho administrativo do Parque Tecnológico. A expectativa é que o lançamento oficial do centro de formação aconteça, no mais tardar, no início de abril. É um projeto completo, que contempla um centro de desenvolvimento e instituto de pesquisa, disse o diretor do Parque Tecnológico, José Raimundo Coelho.
A real participação do governo francês no desenvolvimento do centro de formação de mão de obra será conhecida hoje, bem como o valor do investimento e os detalhes sobre a grade curricular da unidade, que tem previsão para funcionar ainda este ano.