A RM VALE TI 21 – Feira e Congresso de Tecnologia e Inovação começou nesta terça, dia 22 de junho. O evento realizado pelo Parque Tecnológico São José dos Campos chega em sua oitava edição abordando os impactos da tecnologia de negócios nos resultados das empresas.
Durante este primeiro dia 23 palestrantes compartilharam conhecimento com os participantes e 153 reuniões aconteceram nas rodadas de negócio.
A abertura do Congresso contou com a participação de Felício Ramuth, Prefeito de São José dos Campos; Elso Alberti Junior, diretor de desenvolvimento de negócios do PqTec e Marcelo Nunes, coordenador do APL TIC Vale.
“É um prazer receber a todos, mesmo que de forma virtual. Nada melhor do que uma feira de tecnologia realizada de maneira online. São as adequações e adaptações desse período de pandemia no nosso dia a dia. A Tecnologia de Negócios faz toda a diferença para as empresas e órgãos públicos, fazendo com que a área de TI saia de um departamento específico e possa compor toda a estrutura, inteligência e planejamento dos negócios”, afirma o Prefeito de São José dos Campos, Felício Ramuth.
Para o diretor de desenvolvimento de negócios do PqTec, Elso Alberti Junior, o evento oferece temas relevantes para que as empresas possam ter mais competitividade. “Nesta edição da RM VALE TI abordaremos áreas em que a tecnologia tem feito a diferença, como agronegócio, cidades inteligentes, cibersegurança, entre outros. Um mundo vasto de soluções para temas importantíssimos. Desejo um ótimo evento e que todos possam interagir e aproveitar essa oportunidade”.
Marcelo Nunes, coordenador do APL TIC Vale e organizador do evento, aproveitou a oportunidade para agradecer toda a equipe e especialmente o diretor geral do PqTec, Marco Antonio Raupp, por todo empenho investido para ajudar a tornar a RM VALE TI em um dos principais eventos de tecnologia e inovação do país.
Visualização estratégica de dados com alto valor
O painel Gestão por Indicadores Estratégicos: a Importância Das Informações Integradas em Painéis Dinâmicos reuniu Ivan Guissoni, head de administração de vendas da Natura; Júlio Ribeiro, CEO da Hubse; Regiane Relva, diretora de cidades inteligentes da Facens e Joselito R. Henriques, diretor de PD&I da Akaer.
Os palestrantes falaram sobre como a visualização de dados por ser considerada um diferencial competitivo para as organizações, pois podem proporcionar o acesso a informações que podem impulsionar os resultados.
Para a criação deste processo, o primeiro passo é entender quais perguntas devem ser respondidas, pois é necessário efetuar um trabalho complexo para transformar dados em inteligência.
A criação de indicadores chave é recomendada para acompanhar e monitorar os resultados e devem estar integrados com as principais áreas da empresa, como comunicação, inovação, segmentação, preço e canais.
O estudo de caso do Smart Campus Facens – um protótipo de minicidade inteligente, foi comentado. A centro universitário montou um painel em que é possível acompanhar diversas informações de dentro do Campus, como o abastecimento dos carros elétricos, quais equipamentos estão com problemas, situação do trânsito interno e atendimentos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.
Rotas mais inteligentes
Carlos Frees, diretor presidente da SmartFrees; Felipe Del Nero, diretor comercial da Geoambiente; Gustavo Gracitelli, CEO da Bynd e Murilo Palomares, cofundador da Routech, participaram do painel Otimize Rotas e Seja Mais Eficiente.
Os convidados falaram sobre como as empresas estão buscando agregar inteligência às organizações, gerando mais rentabilidade e economia.
As transportadoras são um dos principais players que estão tornando as operações cada vez mais dinâmicas. O mesmo veículo que faz a entrega pode fazer também a coleta e ainda ser direcionado por todo o caminho por um itinerário definido por meio da inteligência artificial.
As caronas corporativas também têm explorado a inteligência artificial para criar a melhor roteirização. A Bynd criou um serviço para tornar mais eficiente o transporte dos funcionários para as empresas. A startup desenvolveu uma solução de caronas, que além de contribuir para a diminuição do risco de contaminação por Covid-19, proporcionou uma redução diária de 57 minutos no tempo de locomoção das pessoas.
Desafios da segurança cibernética
O terceiro painel, Segurança Cibernética Para IoT: Desafios e Cuidados Nas Redes, contou com Alexandre Pinheiro, diretor de cibersegurança e inovação da Energy Telecom; Carlos Campos, especialista de negócios digitais da Siemens; Irati Santos, Data Protection Officer da Energy Telecom e Maria Victoria Trecco, voluntária da WOMCY.
Eles compartilharam os melhores caminhos para que as empresas possam se proteger no ambiente virtual. Reforçaram a necessidade da mudança de pensamento por parte dos líderes das empresas, pois a segurança cibernética não deve ser encarada como um custo e sim como um investimento.
Enquanto a segurança da tecnologia da informação convencional preza pela confidencialidade, a segurança para ambientes industriais precisa garantir disponibilidade e segurança. Não há uma “receita de bolo” para garantir a segurança. É necessário analisar cada caso e pensar em iniciativas específicas que atendam a realidade de cada local.
Recomenda-se seguir o planejamento, implementação e monitoramento como os 3 pilares essenciais para as medidas de segurança em cada planta, rede e sistema, levando assim o nível do risco cibernético para um risco aceitável.
Os palestrantes sugeriram ainda iniciativas para tornar os ambientes mais seguros, como o uso de firewall de próxima geração, sistemas de detecção de intrusos e controle de acesso à rede.
Foco no agronegócio
O agronegócio, um dos segmentos mais importantes da economia brasileira, contou com dois painéis especiais. André Arruda, cofundador da AL Drones; Emerson Granemann, fundador e CEO do MundoGEO e DroneShow e Giovani Amianti, CEO da XMobots mostraram como o uso de drones pode aumentar a produtividade e reduzir custos na agricultura.
Por meio de captura de imagens é possível identificar, por exemplo, ervas daninhas ou até mesmo falhas na plantação. Com estas informações o agricultor pode tratar localmente o problema, economizando insumos e ganhando tempo. Também foi abordada toda a regulamentação de drones no Brasil, mostrando os pontos de atenção e as normas que devem ser respeitadas.
Bruno Paravatti, Product Manager da Agrotools; Christian Vitorino, diretor de novos negócios da TecTerra; Izabel Cecarelli, presidente da Geoambiente e Mariana Lima, analista de desenvolvimento de negócios da Atech, deram andamento no painel seguinte, com foco em Geointeligência e Data Science no Agronegócio. Os participantes falaram sobre o monitoramento da plantação, planejamento de venda e financiamento de safra com o uso combinado de aplicações e ainda de como a cultura orientada aos dados pode evitar ações equivocadas.
Inteligência digital
O time da Datainfo encerrou o dia falando sobre Tecnologias Inteligentes Para Tomada de Decisões em Crises. Bernardo Barbon; gerente de qualidade e governança; Daniel Furlanetto; arquiteto de soluções; Gabriel Torres, diretor de serviços e das fábricas de software e Maximiliano Moller; gerente de fábrica de software, contextualizaram o termo big data e conversaram sobre como os dados podem ser utilizados para suportar as decisões em diversos níveis do negócio. Destacaram que para isso, é necessário mapear e otimizar todas as etapas dos processos, possibilitando a ampliação da visão e criação de oportunidades.
A RM VALE TI 21 continua
Amanhã teremos mais palestras que abordarão temas essenciais para a indústria 4.0, como definição, integração e automatização de processos, inovação aberta, gêmeos digitais e as vantagens competitivas da computação em nuvem que pode ajudar empresas de diversos setores. As inscrições estão abertas, aproveite e garanta aqui o seu lugar.