Uma importante etapa para a implantação do Laboratório de Estruturas Leves (LEL), no Parque Tecnológico São José dos Campos teve início nessa semana, com o início das obras de construção da chamada Sala Limpa.
Com o prazo de conclusão de seis meses, a obra irá viabilizar amplo espaço de aproximadamente 1.600 m² com estrito controle de parâmetros ambientais: umidade, temperatura e quantidade máxima de partículas por m3.
A construção de uma sala limpa com tais características visa atender o requerido para processamento de materiais compósitos para aplicações aeronáuticas. A obra de construção da Sala Limpa do LEL é custeada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e gerida pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), com investimento da ordem de R$ 6 milhões.
Nossa expectativa é ter o laboratório montado até o final do ano, afirmou Marco DElia, pesquisador responsável pela implantação do Laboratório de Estruturas Leves (LEL), do IPT. A Prefeitura Municipal de São José dos Campos também participa e apoia o empreendimento, realizando a reforma de parte da área ocupada pelo LEL no Parque Tecnológico, utilizando recursos de convênio com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico Ciência e Tecnologia do Governo do Estado”, acrescentou.
Acompanhamos com entusiasmo o início da construção da Sala Limpa, uma das últimas etapas que antecedem a entrada em operação do LEL, afirmou Horacio Forjaz, Diretor Geral do Parque Tecnológico São José dos Campos, acrescentando. Equipado com recursos sofisticados e acessível a empresas de médio e pequeno porte, o LEL constituirá um dos grandes diferenciais de nosso Parque Tecnológico.
Tecnologia Pioneira
O Laboratório de Estruturas Leves é fruto de investimentos do poder público estimado em R$ 44 milhões, visando o desenvolvimento de estruturas leves tanto de materiais compósitos quanto de materiais metálicos e híbridos. Para isso, conta com complexo de equipamentos e tecnologias inovadoras sem paralelo em todo o hemisfério sul e que possibilitarão a fabricação precisa de peças mais leves para as indústrias aeronáutica, automotiva, naval, de geração de energia eólica e de extração de petróleo, entre outras.
Quatro grandes projetos de pesquisa, definidos como estruturantes do LEL, já tiveram início e estão sendo realizados em parceria com a Embraer e instituições de ensino como Escola Politécnica da USP, Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), Escola de Engenharia de São Carlos (USP) e Escola de Engenharia de Guaratinguetá (UNESP), além do próprio IPT.
O BNDES viabilizou R$ 27,6 milhões para a implantação do Laboratório, a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) mais R$ 8,3 milhões e o Governo do Estado, através da FAPESP e do IPT, completou o investimento, totalizando R$ 44,2 milhões.