A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) divulgou sexta-feira (18), o resultado da subvenção econômica de 2009, com 261 projetos aprovados em todo o Brasil, divididos em 6 áreas. Na Região do Vale do Paraíba, 17 empresas foram beneficiadas, totalizando um montante de R$ 86 milhões. Entre os aprovados, merecem destaque grandes projetos voltados para o mercado aeroespacial e de defesa.
Entre eles, quase R$ 10 milhões serão destinados para a Novaer, empresa lançada em junho deste ano, que tem o objetivo de desenvolver e produzir uma aeronave de treinamento militar primário, o TX-c Pilgrim. Outros R$ 4 milhões chegarão para a Friuli, que tem um projeto de desenvolvimento de sistema de planeio e guiamento de bombas por GPS.
A Flight Technologies, empresa sediada nas dependências do Centro para a Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi), no Parque Tecnológico de São José dos Campos, obteve R$ 3 milhões para desenvolver um sistema de posicionamento, navegação, guiamento e controle de vôo de aeronaves em aplicações de defesa. Embraer, IACIT, Avibras também foram beneficiadas.
“O Cecompi possui um escritório de projetos desde 2006 que apóia as empresas da região, desde a elaboração até execução de projetos de captação de recursos e subvenções econômicas”, comenta Agliberto Chagas, gerente-executivo do centro.
“Nessa chamada acompanhamos de perto as empresas. Foram várias viagens ao Rio de Janeiro, para a sede da Finep, para entender e buscar as melhores alternativas para a apresentação das idéias e projetos”, conta. O resultado da subvenção econômica vem num momento propício, pois o mercado aeronáutico tem sofrido os efeitos da crise, iniciada em 2008.
“Uma injeção de recursos dessa ordem dá um alento. Os projetos aprovados são importantes para a sustentabilidade econômica da região, pois são novos produtos e não apenas hora/homem/máquina. Isso vai diversificar o PIB da região, hoje concentrado em grandes empresas”, explica Agliberto.
Em tom de otimismo, José de Mello Corrêa, secretário de Desenvolvimento Econômico de São José dos Campos, afirma que as empresas precisam buscar esses recursos. “A idéia é ir preparando seus projetos, não deixar para última hora. Assim, quando uma nova chamada for lançada, terão mais chance de sucesso”, opina.
