A linha de fomento, também conhecida como PIPE Fase 3, está disponibilizando um total de R$ 60 milhões não reembolsáveis para empresas interessadas no desenvolvimento de processos e serviços inovadores para inserção dos produtos no mercado.
Resultado de um acordo entre a FAPESP e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) que compartilham o financiamento da Chamada , o PIPE/PAPPE Subvenção Fase III apoia, por até dois anos, microempresas e empresas de pequeno porte (com receita operacional bruta superior a R$ 360 mil e inferior a R$ 4,8 milhões) e pequenas empresas (com receita operacional bruta entre R$ 4,8 milhões e R$ 10,5 milhões) com sede no Estado de São Paulo, constituídas e ativas há, no mínimo, 12 meses antes do lançamento do Edital (21 de julho de 2017).
Estão credenciadas a submeter projetos as empresas que contaram com apoio da FAPESP nas Fases 1 e 2 do PIPE de viabilidade da ideia e desenvolvimento da pesquisa, respectivamente , assim como aquelas que testaram conceitos e realizaram a pesquisa com recursos próprios.
Os projetos de pesquisa selecionados para apoio nesse programa PIPE/PAPPE Subvenção deverão ser desenvolvidos por pesquisadores que tenham vínculo empregatício com essas empresas ou que estejam associados a elas para sua realização.
Para esclarecer dúvidas de empresas interessadas em submeter propostas ao edital, a FAPESP e a Finep realizarão um encontro no dia 23 de agosto, das 9h às 12 horas, na sede da FAPESP, à rua Pio XI nº 1.500, Alto da Lapa, em São Paulo. As inscrições devem ser feitas no endereço www.fapesp.br/eventos/pappe_5_2017/inscricao.
O edital da 5ª Chamada de Propostas do Programa PIPE/PAPPE Subvenção Fase III está disponível em www.fapesp.br/11098.
Foco no mercado global
Na 4ª Chamada de Propostas do Programa PIPE/PAPPE Subvenção Fase III foram aprovados 39 projetos de 34 empresas. Os resultados foram anunciados em 22 de setembro de 2016. A cada um dos projetos foi concedido até R$ 1 milhão para o desenvolvimento industrial e comercial de produtos inovadores.
A grande maioria das empresas responsáveis pelas propostas participou das fases 1 e 2 do PIPE, como, por exemplo, a Altave Indústria, Comércio e Exportação, de São José dos Campos, que iniciou a produção de balões (aeróstatos) cativos com o apoio da FAPESP e, na Fase 3, obteve recursos para quatro projetos: desenvolvimento industrial de balões para missões em comunicações, de dirigíveis não tripulados capazes de voos ancorados, de aeróstatos de asas rotativas e de aprimoramento do uso desses equipamentos para a agroindústria (leia mais em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/4).
Vários dos projetos aprovados apresentaram propostas focadas no mercado internacional. A Icon Eletrônica, por exemplo, de São Carlos, tem o apoio do PIPE/PAPPE para a industrialização e comercialização de dosímetro acústico, utilizado no monitoramento do ruído em ambiente de trabalho visando o mercado externo.
A Saveway, por sua vez, vai produzir e comercializar o sistema Savetyre, de gestão de pneus, desenvolvido nas fases 1 e 2 do PIPE. O sistema é utilizado para a gestão de pneus de grandes transportadoras. O software, que já está no mercado brasileiro há quase três anos, será agora direcionado para os mercados europeu e americano (leia mais sobre a Saveway em http://pesquisaparainovacao.fapesp.br/162).
A Enalta Inovações Tecnológicas, em São Carlos, desenvolveu um monitor de produtividade da cana-de-açúcar no âmbito do PIPE 2. O produto teve uma boa aceitação no mercado latino-americano, mas necessitava de algumas adaptações para adequar-se às exigências do mercado brasileiro, o que a empresa está fazendo com o apoio da FAPESP e da Finep.
O PIPE/PAPPE também está apoiando a consolidação e expansão de empresas como a Kryptus, Oralls, Playax, Inprenha, Scipopulis, entre outras.