A Prefeitura de São José dos Campos assinou nesta segunda-feira (11 de março) um protocolo de intenções com o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação para a implantação na cidade do Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden). Pelo acordo, o município vai doar ao Ministério uma área de 57 mil metros quadrados no Parque Tecnológico.
A implantação do Cemaden em São José vai garantir ao município R$ 50 milhões em investimentos do Governo Federal para a implantação do edifício sede. O centro deverá abrigar 180 profissionais.
As operações do centro já deverão entrar em funcionamento dentro das instalações do Parque Tecnológico São José dos Campos, nos próximos meses, em um espaço provisório até a conclusão das obras do novo prédio.
De acordo com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, o ministério buscava uma área para a construção do edifício sede do Cemaden e encontrou em São José dos Campos as condições ideais, como a proximidade com centros de pesquisa e instituições de ensino superior, além de infraestrutura.
A cidade tem condições excepcionais. Trazer projetos federais que colaboram para o desenvolvimento da cidade é reconhecer a realidade e a vocação de São José dos Campos, afirmou Raupp.
Além da assinatura do protocolo de intenções, durante o evento o prefeito, Carlinhos Almeida, assinou também o projeto de lei que prevê a doação de área para o Cemaden. O projeto de lei vai ser encaminhado ainda nesta segunda-feira (11) para a Câmara.
Cemaden
O Cemaden atualmente desenvolve suas atividades de sistema de previsão de ocorrências de desastres naturais no Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em Cachoeira Paulista (SP)
O centro foi criado para auxiliar em ações preventivas para redução do efeito de catástrofes naturais e na identificação de vulnerabilidades no uso e ocupação do solo, como ferramenta de planejamento urbano.
Atualmente o centro monitora 310 municípios nas regiões Sul, Sudeste, Norte e Nordeste. No Vale do Paraíba, são monitoradas as cidades de Campos do Jordão, Caraguatatuba, Cunha e Ubatuba.
Para ser monitorado pelo centro, o município precisa ter um mapeamento de áreas de risco de deslizamentos em encostas, de alagamentos e de enxurradas, além de estimativa da extensão dos prováveis danos decorrentes de um desastre natural.