Uma comitiva composta por 22 alunos, dois professores do ensino médio da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia e dois membros da Defesa Civil do município de São Luiz do Paraitinga (SP), visitou na segunda-feira (26) as instalações do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e a empresa Golden Química do centro empresarial 1 do Parque Tecnológico São José dos Campos.
Os estudantes participam do Projeto Cemaden Educação, que os incentiva a desenvolver pesquisas de monitoramento e a gestão participativa para ajudar a comunidade na conscientização sobre prevenção de desastres naturais.
Na empresa Golden Química eles receberam informações sobre os últimos avanços no desenvolvimento da inovação e sustentabilidade ambiental.
Entre as atividades do dia também também estava a oficina sobre vulnerabilidade a risco de desastres na escola, acompanhados por pesquisadores do Cemaden, professores e bolsistas do curso de Engenharia Ambiental da Unesp.
Desde 2014, a escola estadual de São Luiz do Paraitinga é uma das que participa do projeto piloto Cemaden Educação. Além dessa cidade, o projeto também é desenvolvido nos municípios paulistas de Cunha e Ubatuba, contando com a parceria dos professores, diretores das escolas, da Defesa Civil Municipal, Universidade Estadual de São Paulo (Unesp – Faculdade de Engenharia Ambiental) e comunidade local. Desenvolvem atividades e práticas de resiliência, adaptação e prevenção de riscos de desastres naturais, realizando pesquisas, compartilhamento de conhecimentos e utilizam ferramentas que envolvem ciência e novas tecnologias.
Projeto Cemaden Educação
Reconhecido como prática inspiradora pela Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, sigla em inglês), o projeto Cemaden Educação – implantado, em 2014, pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Cemaden/MCTI) – foi indicado como referência de boas práticas a ser implementada na formação e sensibilização de Educação em nível nacional.
O site das Nações Unidas destacou três pontos importantes do projeto: a ciência cidadã, que envolve coleta de dados e o envio ao Cemaden, por meio de aplicativo para celulares; a construção de uma rede de proteção social e de prevenção de desastres com a comunidade escolar, além do compartilhamento de informações, por meio de um sistema colaborativo (crowdsourcing) entre as escolas participantes. Tudo isso é possível com a utilização criativa das novas tecnologias de informação e comunicação.
O objetivo do projeto é tornar cada escola participante um Cemaden microlocal, ao incentivar os estudantes a desenvolver pesquisas, monitorar o clima, produzir e compartilhar seus conhecimentos, entender e emitir alertas de desastres, bem como fazer a gestão participativa de intervenções nas suas comunidades. O Cemaden tem metas definidas para a expansão do projeto nas escolas estaduais de todo o país, nos municípios classificados como vulneráveis a riscos de desastres naturais.
Está prevista para o final de novembro, a mobilização dos alunos da Escola Estadual Monsenhor Ignácio Gióia, em São Luiz do Paraitinga, junto à comunidade local, realizando Oficina do Futuro, acordos e planos de ação. O objetivo é implantar a Comissão de Prevenção de Desastres e Proteção da Vida (Com-VidAção) para contribuir na prevenção e mitigação de desastres. Os resultados podem fornecer moldes para a implantação da Com-VidAção em outras escolas do Brasil.
Texto com informações da Assessoria de Comunicação do Cemaden Maria Rosário Orquiza