O Programa Galerias do Empreendedor é uma iniciativa de empreendedorismo social da Prefeitura de São José dos Campos. Hoje há dois minishoppings na cidade: no Putim e no Campo dos Alemães, ambos com dez estabelecimentos comerciais.
O Parque Tecnológico é responsável por administrar as Galerias, sempre com o foco de impulsionar o espírito de empreendedorismo dos moradores de bairros afastados do centro da cidade, estimulando o desenvolvimento socioeconômico dessas regiões. Os empreendedores que fazem parte do programa recebem treinamentos e assessorias, realizados por colaboradores do PqTec em parceria com o Sebrae-SP.
Durante a pandemia não está sendo diferente. As duas Galerias tiveram de ser fechadas por tempo indeterminado e os empreendedores precisam encontrar novas formas de comercializar seus produtos e manter o negócio. Nas Galerias há serviços diversos, como salão de beleza, pet shop, estúdio de tatuagem, restaurante, lotérica e serviços de corte e costura.
“A equipe do Parque está dando orientação em parceria com o Sebrae, para que os impactos da pandemia sejam os menores possíveis aos empresários das Galerias”, relata Giane Santos, relações institucionais do Parque. “Ligamos para empresários todos os dias para entender a situação e orientar na busca por informações seguras e corretas, ações de higiene e segurança para que possam trabalhar em casa ou com entrega, caso seja possível” acrescenta.
Dentre as iniciativas, estão orientações ligadas a finanças e formas de atividades alternativas permitidas neste momento, como serviços de entregas. É o que está fazendo Nicanor Félix, proprietário da Félix Cakes Confeitaria Artesanal, que fica no Minishopping do Campo dos Alemães. Desde o fechamento da loja, está trabalhando com entrega de bolos, cappuccinos e cafés especiais. “Aumentamos a divulgação desses itens e oferecemos entrega grátis aqui na zona Sul, e o número de entrega tem aumentado consideravelmente”, diz.
A maior demanda do restaurante Sabor do Campo vinha dos professores das escolas do Campo dos Alemães, que também estão fechadas. O estabelecimento, que fica na Galeria desse bairro, está focado no delivery e nas promoções. “O mais importante do respaldo dos gestores da Galeria são as orientações, como as dicas de higiene, de como manipular os alimentos e como lidar com o delivery durante a pandemia”, avalia David Aparecido Lopes, proprietário do restaurante. “Além disso, foi reforçada a segurança do local, com um guarda noturno, o que é muito importante também para quando não estamos lá”, diz.
Máscaras
Por conta da disseminação da Covid-19, as máscaras sumiram do mercado e não somente profissionais da saúde têm tido problemas. Outras equipes que usam o produto por questão de higiene também precisam de alternativas, como cozinheiros e motoboys.
Esses profissionais procuraram a costureira Sonia Maria Cardenuto, proprietária do Som Ateliê, que fica no Minishopping Castelli. Desde meados de março, Sônia já costurou mais de 200 máscaras de tecido 100% algodão para atender a esse tipo de demanda.
“Pesquisei bastante na internet, obtive orientação com enfermeiros e repasso aos meus clientes. As máscaras precisam ser trocadas a cada três horas e devem ser feitas de tecido 100% algodão”, explica.
Algumas clínicas da cidade também solicitaram a confecção de máscaras feitas de tecido cirúrgico (TNT SMS 100% Polipropileno).
“Ainda tenho alguns pedidos de reparos, mas diminuiu bastante com esta crise. O que tem mantido minhas contas é a confecção das máscaras”, diz.
No momento, a equipe do PqTec está elaborando um material específico sobre o projeto de lei que prevê auxílio emergencial para autônomos e microempreendedores (PL 1.066/2020). “Estamos aguardando a definição do presidente para orientar nossos empreendedores sobre como obter o auxílio, já que a maioria se enquadra no perfil”, diz Giane Santos.