Em situações de epidemia, como a provocada pela Covid-19 (coronavirus), os fornecedores de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) podem ter dificuldade de suprir a alta demanda de hospitais – aumentando o risco de contaminação.
Pensando nisso, o Women in 3D printing Brazil passou a desenvolver modelos de protetores faciais (face shield). Trata-se do projeto Higia, organizado por pesquisadoras da área de impressão 3D, oriundas de diferentes localidades, incluindo a docente do Instituto de Ciência e Tecnologia (ICT/Unifesp) – Campus São José dos Campos e coordenadora do Programa Mao3D, Maria Elizete Kunkel. Para essa tarefa, o grupo abriu a possibilidade de atuação de alunos voluntários do gênero masculino.
A meta é que sejam produzidos 750 protetores por semana a partir do momento que os recursos estiverem disponíveis, totalizando 3.000 protetores faciais para o Hospital São Paulo (HSP/HU Unifesp) e o Hospital Municipal de São José dos Campos.
“Estávamos discutindo no grupo Women in 3D Printing, sobre qual tipo de dispositivo com impacto social, que pudesse ser feito em impressão 3D, poderíamos fazer para auxiliar no combate à doença. Foi então que encontramos um modelo de protetor facial e decidimos adaptá-lo”, afirma Maria Elizete Kunkel.
O resultado do trabalho colaborativo está sendo validado por especialistas em pneumologia e aperfeiçoado pelos voluntários do projeto. Atualmente o dispositivo está na quinta versão, que utiliza menos matéria prima e possui maior área de proteção, se comparado com a primeira versão.
O propósito foi tão bem aceito que está engajando outras frentes. “O projeto chamou a atenção da indústria, que adaptou um molde injetado, produzindo os protetores em larga escala para doação”, diz Kunkel.
Vale ressaltar que toda a mão de obra, tecnologia e matéria prima utilizada na produção dos protetores faciais é voluntária.
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