Temas relevantes para facilitar o trabalho dos produtores rurais fizeram parte da manhã do segundo dia da 7ª RM VALE TI. Dois painéis exploraram o uso da automação para a agricultura, para a pecuária e a relação com a inovação aberta.
Automação
A transformação digital também na chegou às etapas de originação de grãos, plantio, colheita e armazenagem. Isso porque os produtores rurais buscam formas de otimizar a produção e utilizar de forma mais inteligente os recursos. Esse foi o tema do primeiro painel do dia, Automação: do plantio à produção, uma realidade brasileira, moderado por Silvio Crestana, pesquisador da Embrapa Instrumentação.
Convidados com diferentes repertórios e expertises puderam compartilhar suas visões sobre o uso de tecnologias para o aumento da competitividade. Fernando Santos, diretor de vendas Enterprise da Kaspersky, destacou que, mais do que obter dados, é necessário ter ferramentas que possam analisar as informações e direcionar a produção. Por isso, o produtor precisa avançar primeiro na forma de gestão das empresas antes de aplicar a transformação digital.
As vantagens que o uso de veículos autônomos pode oferecer ao agricultor fizeram parte da apresentação de Cristiano Pontelli, gerente de projetos da Jacto. Pontelli mostrou aplicações práticas, sugerindo que a tecnologia deve ser um meio para empoderar os produtores, para que consigam tomar decisões rápidas baseadas nos dados apresentados.
Pedro Leal Noce, executivo de inovação digital da Raízen, trouxe cases e dados sobre inovação aberta aplicada no agronegócio. O executivo apresentou a jornada de inovação aberta Pulse, que tem como objetivo permitir que os empreendedores possam testar suas inovações e transformá-las em produtos comercialmente escaláveis.
Pecuária eficiente
A tecnologia pode ser uma aliada também para o setor pecuário, passando por todo ciclo de criação, engorda e rastreabilidade de produção.
O segundo painel, Pecuária eficiente – controle, monitoramento e produtividade, contou com a moderação do secretário de Inovação e Desenvolvimento Econômico da Prefeitura Municipal de São José dos Campos, Alberto Marques Filho.
Concentração do manejo, aumento do peso e desmame e cruzamento industrial fizeram parte da apresentação de Juliana Ferragute Leite, gerente de produto corte da GENEX Brasil. Juliana Leite apresentou ainda as vantagens da inseminação artificial – área que tem muito espaço para crescer no Brasil.
Thiago Parente, cofundador e CEO da iRancho, ressaltou que a atividade para cria ou abate precisa ser planejada para que possa ser corretamente gerida e melhorada. Falou também sobre a coleta de dados do curral, uma das principais dores dos pecuaristas, e de como criou um sistema de gestão pecuária, ajudando os produtores a terem melhores resultados.
Fábio Dias, diretor de relacionamento com pecuaristas da JBS, apontou que muitas tecnologias já utilizadas pela agricultura têm grande potencial para serem utilizadas pela pecuária, entre elas o uso de imagens que podem ajudar em diversas frentes, como a identificação dos animais por meio das manchas e até mesmo câmeras dentro dos caminhões para garantir o bem-estar dos animais.