Concretizando sua solidez num momento ímpar do mercado, maior plataforma digital do agronegócio irá focar na internacionalização da capacidade tecnológica da região, além de enriquecer o time com especialistas locais
A Agrotools, empresa líder em tecnologia e inteligência para o agronegócio, com sede no Parque Tecnológico de São José dos Campos, acaba de captar R$ 100 milhões em seu Programa de Investimentos, criado em 2020, e que segue ativo, com foco em concretizar a expansão exponencial da empresa e internacionalizar a capacidade tecnológica da região.
Com o novo capital, o objetivo também é reforçar a Governança, expandir os negócios para toda a América Latina, ampliar ainda mais os cuidados com cybersecurity, além de levar a outro patamar a tecnologia utilizada em seus produtos por meio do uso massivo de Inteligência Artificial, Blockchain, Gamificação, Democratização e uso de mais constelações de satélites.
Para isso, a bigtech já fortaleceu seu time com mais dois nomes de vasta experiência, ambos de São José dos Campos: Mateus Pontes, empreendedor e fundador de uma startup de inteligência geográfica, que possui mais de 15 anos de experiência, especialmente no mercado de Geotecnologias, e Juliana Pandelo, que tem 25 anos de experiência em negócios de tecnologia e inovação. “Estamos investindo fortemente em pessoas, tecnologia de ponta e em parcerias estratégicas que podem gerar aquisições que tragam valor à nossa operação e aceleram ainda mais o nosso processo de crescimento”, pontua Sergio Rocha, CEO e fundador da Agrotools, que desenvolveu o mercado ESG e Tech dentro do agronegócio e criou uma plataforma avançada de tecnologia proprietária, utilizada massivamente pelos maiores players do agro global.
“Temos um agropolo em São José dos Campos, um arranjo produtivo local de iniciativa do Parque Tecnológico. E a Agrotools é a empresa âncora nesse processo. Por isso, estamos mirando em parcerias estratégicas e ações coligadas com o Parque”, explica Rocha. “Nosso foco nos últimos anos tem sido ganhar cada vez mais musculatura para ampliar a base de clientes no Brasil e no exterior, proporcionando serviços ainda mais diferenciados e de altíssima qualidade”, completa.
Segundo o executivo, a solidez da marca gerou uma forte reputação da empresa no mercado e tem atraído muitos players de seu interesse, além de lhes permitir escolher seus investidores. “Nosso programa de captação já gerou retorno acima de 100% sobre o capital inicialmente aportado, em pouco mais de 12 meses, e estimulou os atuais acionistas a dobrarem as suas participações, trazendo a bordo novos importantes investidores”, afirma.
Parceiros estratégicos
Com o Programa de Investimentos, os sócios-fundadores da bigtech do agro se mantêm majoritários, com aproximadamente 80% das ações da empresa. De toda forma, a Agrotools passou a contar com acionistas como Horácio Lafer Piva (Klabin), Pedro Paulo Campos (JP Morgan, Pátria e Arsenal), Fátima Marques (Hay Group/Korn Ferry), Paulo Hegler (Toledo do Brasil), Olivier Murguet (Nissan-Renault), KPTL e FIP Inovabra e Ronaldo Galvani Junior.
Para Rocha, a independência dos fundadores garante mais liberdade por ter um capital de crescimento sem risco e a possibilidade de colocar todos os planos em operação, independente do que aconteça no mercado. “Ainda estamos abertos para outros investidores, sempre mantendo nossa autonomia. Passamos, inclusive, por algumas auditorias nos últimos anos, como Ernest Young, Grant Thornton e Pricewaterhouse (PwC), que garantem nosso selo de solidez”, pontua.
Em outra via, sem trazer impactos ao negócio principal, os sócios estruturaram novos campos de atuação com parceiros estratégicos, como Boa Vista, Neoway, B3, Microsoft, ESRI e outros. “Também lançamos um olhar de M&A para negócios complementares, com escopo de valor, e que podem escalar rápido com nossa tecnologia. Nesse crescimento via aquisição, nossa intenção é encontrar empresas que tenham soluções sinérgicas, tanto no Brasil como no exterior, para facilitar ainda mais nosso crescimento e nossa aceleração. Isso, talvez, também pode ser um atalho para a internacionalização da empresa. Nosso plano, agora, é crescer também via aquisições”, explica o CEO.
AT Lab
Junto às demais estratégias, a Agrotools constituiu o AT Lab, a fim de apoiar a transformação digital do setor de forma integrada, para que o produtor e as corporações sejam mutuamente bem-sucedidos. “Essa iniciativa tem como objetivo democratizar a tecnologia para todos os elos da cadeia. Estamos comprometidos em impulsionar essa reconstrução do sistema agroalimentar pós-pandemia, de modo a produzir e enfrentar todas as adversidades que estão cada dia maiores na produção de alimentos”, explica Rocha.
Com isso, o AT Lab entra em ação para ser uma solução integrada, que ajuda as corporações a compreender melhor os produtores por meio da tecnologia. “É uma iniciativa para apoiar o produtor, democratizando o acesso às tecnologias que as corporações já usam, de forma simples e acessível, e assim estabelecer uma relação mais justa e sustentável. Estamos viabilizando um ecossistema real baseado na transformação digital entre os múltiplos elos do agronegócio e a integração de plataformas. Quanto mais transparência, mantendo a privacidade necessária, mais oportunidades e valor a serem transacionados entre os stakeholders e os produtores”, completa.
Negócio sólido
Concretizando sua robustez, a Agrotools triplicou de tamanho durante a pandemia. “Percebemos que o modelo de ‘startups padrão’ que cresce a todo custo e sem compromisso com lucros, investidas e reinvestidas seguidamente por ventures do mundo todo, está em ‘xeque’, e os principais fundos estão revendo suas teses e ajustando sua percepção de riscos”, ressalta Rocha. “E, agora, empresas como a Agrotools, com um modelo comprovado e consistente, têm atraído investidores que buscam por inovação e tecnologia, mas com solidez”, explica Rocha.
Até o fim de 2023, a bigtech seguirá com o processo de expansão acelerada. Contando com receitas contratadas até 2026, o objetivo é fazer mais parcerias estratégicas com investidores que compartilhem o mesmo propósito por um mundo mais justo, verde e sustentável, além da visão de desenvolvimento profissional e tecnológico da cadeia agroalimentar. “Este cenário e os resultados obtidos mostram que estamos trilhando o caminho certo, construindo um negócio robusto e perseguindo um propósito que impacta o mundo todo e transforma o setor. Por isso somos o lado B do agro, a primeira AgTech B Corp Global”, destaca.
Segundo o CEO, a Agrotools tem como objetivo desenvolver tecnologia para que as próximas gerações também possam colher um mundo mais sustentável e justo no planeta, e a transformação por meio da digitalização do agro é a chave para isso. “Então, nosso papel agora é levantar essa bandeira e seguir na luta, para garantir o sucesso tanto da produção e do produtor quanto das corporações e da conservação. E reforçar o olhar e a valorização para aquele que melhor entrega, melhor produz e melhor se posiciona em relação a todas as suas práticas”, finaliza.
Sobre a Agrotools
A Agrotools é a maior plataforma digital para o agronegócio corporativo no mundo. Ao oferecer uma infinidade de análises remotas, a plataforma permite a gestão de riscos e oportunidades em qualquer operação com o campo, desde a concessão de financiamento e seguro rural, à compra de matéria-prima, como também para a venda de insumos, mercado de capitais e varejo. De forma ágil e precisa, a AgTech atua há quase 15 anos com soluções para diferentes elos da cadeia do setor: de cooperativas, traders e resseguradoras ao varejo alimentício. Por meio de sua plataforma de tecnologia avançada, que analisa mais de 1300 camadas de dados de múltiplas fontes, a empresa tem como objetivo democratizar o acesso à informação no setor, sendo um pilar de diferenciação competitiva e de compliance ESG no mercado. Ao disponibilizar poderosos insights de negócios e gestão, a plataforma permite aos agentes do mercado corporativo compreender tudo o que acontece com fornecedores e clientes espalhados pelo território rural e, assim, tomar as melhores decisões diariamente. Hoje, a Agrotools analisa mais de 4,5 milhões de territórios rurais e monitora R$ 15 bilhões em commodities pela sua plataforma. Além disso, são mais de R$ 50 bilhões em carteira de financiamento rural que contam com o suporte de pelo menos uma das soluções da empresa e cerca de R$ 100 bilhões em operações do agronegócio monitoradas.