O último dia do Fórum da Indústria Espacial Brasileira começou com o tema Como trazer tecnologia espacial para a indústria, conduzido por Leonardo Fares Menhem, vice-presidente da Concert Technologies.
Francisco Garonce abre a mesa falando sobre o Galileo, qjue é um sistema de navegação por satélites europeu, em plena operação, civil, aberto e gratuito. Entre suas aplicações, está a agricultura de precisão, atividades científicas, resposta a emergências e navegação GNSS. O sistema oferece posicionamento global muito preciso e confiável.
Garone fala ainda que o Galileo não é uma iniciativa somente europeia e que já há diversas ações sendo realizadas no Brasil. O O Parque Tecnológico São José dos Campos, inclusive, faz parte de um consórcio entre organizações europeias e brasileiras para dar início ao projeto de 36 meses para a criação e manutenção do Centro de Informações do Galileo (GIC, na sigla em inglês) para o Brasil. O PqTec é responsável por hospedar o escritório e eventos do GIC, contando com o apoio das instituições de pesquisas espaciais, como INPE, ITA, IEAv, entre outras.
Marcelo Essado, CEO da EMSISTI Space Systems, citou a criação da aliança de startups espaciais brasileiras, inaugurada neste mês. O objetivo é unir e representar as startups do setor e dinamizar o mercado espacial brasileiro.
Ken Davidan, gerente de pesquisa da Federal Aviation Administration, dos EUA, mencionou os segmentos que o setor espacial pode alcançar e a aplicação da transferência de tecnologia. Disse também que pessoas enxergam a indústria espacial como um grande sistema social . De fato, é um ecossistema que envolve aspectos tecnológicos, econômicos e sociais.
Novas abordagens
O Fórum se encerrou com o tema As novas abordagens para o setor espacial, mediado por José Moreira, gerente de negócios da Siemens.
JR Francis, diretor da Relativity Space trouxe as experiências da empresa, entre elas, a fábrica de impressão 3D que está alocada na Nasa, onde são desenvolvidos foguetes de baixo custo. A empresa acredita que o primeiro foguete será lançado em abril de 2021.
Alvin Alexander, founder da Orion Applied Science and Technology, contou um pouco sobre a experiência da empresa em desenvolver soluções para detectar e dar destino adequado ao lixo espacial. Com o aumento no número de satélites no espaço, especialmente os de pequeno porte, a pauta se tornou bastante importante. Até mesmo a ONU e o Vaticano já se pronunciaram a respeito, disse Alexander.
Por fim, Guillermo Lamelas Nogueira, CEO da Alién, apresentou os nano satélites desenvolvidos pela empresa e suas diversas aplicações, entre elas, humanitárias: os satélites conseguem analisar áreas impactadas por desastres climáticos, por exemplo.