Os pequenos negócios precisam entrar no novo mindset que se estabeleceu com a necessidade de isolamento social imposta pela Covid-19. A partir dessa ideia, Elvis Fusco iniciou o painel Os Pequenos Negócios se Adaptando à Economia do Distanciamento Social a Autonomia dos Processos e Serviços – o primeiro do 4ª e último dia da RM VALE TI 2020. Fusco é pró-reitor de inovação e desenvolvimento institucional do Centro Universitário. Eurípedes de Marília.
Primeiramente, todos precisam entender que a pandemia não trouxe um “novo mundo”, e sim acelerou tendências que já estavam sendo apresentadas e se mostrando fundamentais para todo relacionamento de compra e venda. Essa foi a visão apresentada por Fausto Lulio, consultor de negócios do Sebrae.
Lulio trouxe dados para mostrar essa aceleração: mostrou o crescimento exponencial de domínios de sites “.br” registrados nos últimos meses. Somente nos três primeiros meses de pandemia, foram abertas 135 mil lojas online no Brasil – a média brasileira é de 10 mil novas lojas virtuais abertas por mês.
Wesley Costa e Roberto Meneghelli, ambos da Tria Software, mostraram as soluções desenvolvidas pela empresa que podem ajudar lojistas a tornar compras e vendas mais inteligentes.
Automação
A conversa seguiu no painel Como Fidelizar e Ampliar a Relação do Cliente com seu Negócio Usando Tecnologias Autônomas, moderado por Tiago Ponte, fundador da Panda 3.
Ao longo do bate-papo, Edilson Paterno, da EME 4; Bruno Giordano Mello, Superintendente de Sistemas de Informação do Sicoob, e Andre Rizzo, consulting system engineer da Aruba, apresentaram várias tecnologias que já são usadas no Brasil e em todo o mundo e podem ser implementadas pelos negócios. É o caso do pagamento touchless, BOPIS (acrônimo em inglês de “compre online e retire na loja”), monitoramento em tempo real, espelho inteligente, vitrine inteligente, beacons, entre outros.
Os painelistas ressaltaram que todas as tecnologias precisam de uma boa rede, tanto para sustentar as soluções como para fornecer as informações mais relevantes. A ideia é fazer a rede trabalhar para a empresa, utilizando as informações em prol da loja. Na loja física, por exemplo,o empreendedor pode saber como foi a utilização do espaço físico, a relevância da vitrine, quantas pessoas acabam entrando efetivamente no estabelecimento, criar alertas de proximidade etc. No e-commerce, as possibilidades de trabalhar os dados para o crescimento do negócio são infinitas.
Por fim, ficaram alguns conselhos: dados são o “novo petróleo” e, no varejo, isso significa ter a informação do seu cliente. Todo empreendedor deve buscar automatizar os processos repetitivos e focar energia no relacionamento com seu consumidor. Também deve verificar quais tecnologias trazem ganhos e quais mais atrapalham do que ajudam. Tudo isso, para ganhar mais espaço em um mercado que está só começando: segundo Fausto Lulio, do Sebrae, apenas 5% do que é vendido no varejo é feito de forma online no Brasil.