A Fotossensores Tecnologia, empresa 100% cearense, é um ótimo exemplo de empreendimento que teve como berço a universidade, no caso, a Federal do Ceará (UFC), e que, hoje, está presente em 17 estados brasileiros e já se prepara para desembarcar no Chile.
Idealizada no âmbito do Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), a Fotossensores está presente, inclusive, na cereja do bolo, ou seja, em São Paulo. E como se isso não bastasse, Francisco Baltazar Neto, sócio-proprietário da empresa, instalou em terras paulistanas um Centro de Pesquisa em São José dos Campos, onde está instalado o Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).
Exemplo nacional de spin off (empresa que nasceu em incubadora e ganhou o mercado) da UFC, a Fotossensores agora está se preparando para levar sua tecnologia de controle de trânsito para nossos vizinhos chilenos. É o que informa Baltazar Neto. Já assinamos o primeiro negócio internacional. Trabalharemos no Chile em uma parceria com multinacionais em concessões de autopista. Entraremos na parte de monitoramento e multa nas rodovias nacionais daquele país.
O negócio já está fechado, garante Baltazar, faltando apenas trâmites burocráticos naquele país.
História
A empresa Fotossensores foi adquirida em 1995 pelos empresários Júlio Boffa e Francisco Baltazar Neto que, antes, atuavam no segmento de engenharia no Nordeste e em São Paulo.
Começou com seis funcionários e, hoje, em todo o país, são 350 com nível técnico, superior, mestrado e doutorado, sendo que 98 pessoas trabalham só aqui, em Fortaleza.
A empresa foi um exemplo de sucesso da união entre Academia/empresa e Governo do Estado, que compra nossos serviços, diz o empresário. Baltazar frisa que a empresa agrega valor aos seus clientes, pois a atividade ajuda a salvar vidas, diminuindo os prejuízos com acidentes. Fazemos a fiscalização e o monitoramento de acidentes, engarrafamentos, fornecendo inúmeras informações para a melhor gestão do trânsito.
Mercado de TI
O empresário, que já foi presidente do Instituto Titan, diz que o mercado de TI no Ceará vem crescendo exponencialmente, bem acima da taxa da indústria de transformação. Essa taxa, há dois anos, era de 8% a 12% ao ano e as empresas estão mais focadas no mercado local (Norte e Nordeste). Acredito que 80% estejam direcionadas a estes mercados, diz Baltazar, lembrando que o mundo todo é cliente de TI. O que impede esse impulso é a falta de mão de obra em quantidade e qualidade e um macroambiente governamental que dê condições ideais para o crescimento. O restante seriam problemas inerentes a qualquer setor empresarial do país. (Rebecca Fontes)
O quê
crescimento do mercado de TI estimado por Baltazar Neto nos últimos anos. Segundo o empresário, 80% dos investimentos miram as regiões Norte e Nordeste.
Fonte: Jornal O Povo