Pesquisadores e investidores russos visitam o PqTec
Investidores, pesquisadores e representantes de instituições de ciência e tecnologia da Rússia visitaram o Parque Tecnológico de São José dos Campos em busca de referências em inovação no Brasil. Os 12 visitantes vêm de várias regiões da Rússia e representam setores de pesquisa, desenvolvimento e inovação de diferentes setores do mercado, como produção de joias, TI, educação empresarial, robótica, produção de eletrodomésticos, entre outros.
A expedição é organizada pela consultoria russa DBA Concept, com duração de 14 dias e agendas nos estados de São Paulo e Santa Catarina. O objetivo é entender o processo de inovação do Brasil, como ocorre a organização dos parques tecnológicos e entender as possibilidades e oportunidades de cooperação entre empresas.
A comitiva, que já teve a oportunidade de conhecer parques tecnológicos em países como Singapura e Índia, escolheu o Parque Tecnológico São José dos Campos por sua trajetória de 15 anos e pelo seu ecossistema de empresas.
O grupo teve a oportunidade de conhecer toda a estrutura do Parque, a incubadora de startups e empresas e instituições residentes, como o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) e o CSI (Centro de Segurança Integrada da Prefeitura Municipal de São José dos Campos).
Desenvolvimento social e organização
Andrei Melnik, porta-voz do grupo e investidor na Rússia, considera o Brasil referência em inovação em todo o mundo. Outro ponto de destaque para ele é a atuação social dos ambientes de inovação latino-americanos.
“O Brasil é exemplo de sucesso na área de inovação no mundo, então nós queríamos estudar a forma latino-americana de inovar. Conhecemos os modelos de inovação de Singapura e Índia, mas não havíamos conhecido os ecossistemas da América do Sul. Acredito que, por causa da herança social que faz parte da história do país, o Brasil trabalha seu desenvolvimento também com foco na área social local. Por exemplo, Singapura e outros países orientais não demonstram esses objetivos. Eles têm o foco no aumento de capital e vantagens competitivas e a área social fica em segundo plano”, compara Andrei.
A comitiva russa destaca a relevância dos projetos e das startups para a sociedade. “As empresas demonstram interesse de desenvolver algo útil para a cidade e para o país. O Parque é mais organizado ao criar as conexões do que instituições que visitamos em outros países, com implementação de startups em várias etapas e trabalhos conjuntos com universidades e outras instituições”, comenta Andrei Salamatin, que atua na área de produção de joias na Rússia.